sábado, 21 de agosto de 2010

Os tratamentos estéticos menos recomendados


Os tratamentos estéticos que os especialistas menos recomendam

Com o aparecimento de novas técnicas estéticas ou cirúrgicas é necessário ter em conta que nem todas são realmente eficazes.

Algumas podem inclusive implicar alguns riscos. Veja a opinião dos especialistas que contactámos sobre alguns dos procedimentos mais utilizados e tenha noção dos perigos que lhe podem estar associados.

Para Biscaia Fraga, director do serviço de cirurgia plástica maxilo-facial do Hospital Egas Moniz e da Clínica Biscaia Fraga, em Lisboa, «o face-lift clássico é um acto cirúrgico agressivo com margem para complicações e alterações importantes e as próteses com incisão sub-mamária, uma vez que conduz a um peito de aspecto artificial e cicatrizes facilmente visíveis».

Já Freire dos Santos, director do serviço de cirurgia plástica dos Hospitais da Universidade de Coimbra, da Clínica Freire dos Santos em Coimbra e da Bioart Clinic, em Lisboa, diz-nos que a remodelação mamária com ácido hialurónico é a menos recomendada, «já que os efeitos a longo prazo são desconhecidos. Até hoje existem apenas dois trabalhos sobre esta técnica e começam a aparecer muitos casos descritos de complicações locais associadas. Não está aprovado pela FDA para uso nos EUA e Canadá».

Para Ibérico Nogueira, cirurgião plástico diplomado pelo Conselho Federal de Medicina do Brasil, a exercer actualmente na Clínica Ibérico Nogueira, em Lisboa, o tratamento estético que menos recomenda é a lipoaspiração em pacientes obesos. «A obesidade é uma contra-indicação absoluta para este tratamento. Nestes casos, medidas higieno-dietéticas e exercício físico permitem reequilibrar o paciente e aproximá-lo do peso ideal, tornando-o, assim, apto a submeter-se a este tipo de cirurgia sem correr riscos desnecessários».

Já Alexandra Osório, dermatologista mestrada em Dermatologia Estética, nas clínicas DermAge em Leiria e Lisboa, diz-nos que a «utilização de material de preenchimento com produtos permanentes como o PPMA (polimetilmetacrilato)» é o que menos aconselha porque podem dar origem a reacções adversas. «Aparecem com frequência granulomas (nódulos duros e desfigurantes), que só podem ser tratados por pequena cirurgia ou por dissolução após várias aplicações de cortisona injectável», sublinha.

Para Manuela Cochito, dermatologista na clínica Manuela Cochito em Lisboa, o uso de enchimentos de longa duração (metacrilatos) não é o mais aconselhável «pelo risco grande de reacção alérgica» e a auto-enxertia, «por ser uma técnica cujo custo-benefício não compensa em relação ao ácido hialurónico», considera.

Para Campos Lopes, dermatologista na Clínica do Homem e da Mulher e no Hospital da Luz, em Lisboa, «todas as técnicas têm o seu fundamento. Mas é essencial que quem as aplica seja especializado e credenciado para tal. A maioria dos problemas pós-intervenção não surgem da técnica em si, mas sim da má aplicação da mesma», afiança este especialista.

Os tratamentos estéticos que os especialistas menos recomendam

António Boavida, médico especializado em Medicina Estética e director clínico da Clínica Médica Ocidem, em Lisboa, considera que a maioria dos tratamentos de electromedicina (radiofrequência, ultra-sons, infravermelhos, sonoforese, entre outros), quando bem executados, com equipamentos de qualidade e controlo médico dão bons resultados.

«Mas, sem indicação ou controlo médico, podem ser perigosos. Podem queimar, manchar, provocar uma fractura óssea ou outro tipo de lesão, que pode vir a ser irreversível. Só devem ser prescritos como tratamentos médico-estéticos, sob indicação e orientação médica», alerta.

Para Victor Junqueira, médico mestrado em Medicina AntiAging e coordenador da área de Medicina Estética na clínica My Clinique em Lisboa, «todas as técnicas têm alguma validade mas algumas não demonstram a sua eficácia em percentagens suficientes para que sejam recomendadas. Deve evitar-se o uso da anestesia geral e a utilização de substâncias que possam provocar reacções alérgicas», refere.

Mariana Alves, médica especializada em Medicina Estética na Corporación Dermoestética, desaconselha, por seu lado, a fotodepilação de luz pulsada intensa nos meses que antecedem o Verão. «O sistema tradicional de fotodepilação usa um sistema de luz pulsada com um feixe que incide sobre a melanina presente no pêlo que recebe a maior parte da energia, enquanto a pele recebe menos. Quanto mais clara for a pele e mais escuro for o pêlo, melhores são os resultados deste tratamento, porque é na melanina que actua este sistema de fotodepilação», justifica a especialista.

Sapo Mulher
Texto: Ana Catarina Alberto

4 comentários:

Luna disse...

Tanto se procura a imagem ideal fora de nós, e dentro ninguem a quer procurar
Bj

Gatapininha disse...

Olá Alda
Gostei muito do post.

Jokas e bom fim-de-semana

Especialmente Gaspas disse...

Excelente post :)

Anónimo disse...

Há tratamentos estéticos e cirurgias que hoje em dia não adiantam porque a dermatologia em são paulo tem muitas inovações que ajudam a melhorar a saúde.